Quinta do Pisão -»
Uma das estradas principais que unem Sintra a Cascais, a N9, que conduz os fans de Automobilismo e Motociclismo do Mundo Inteiro, ao Autódromo do Estoril, dá-nos também acesso a uma zona de grande beleza Natural.
A N9-1 dá acesso à Lagoa Azul, à Barragem do Rio da Mula e à Quinta do Pisão.
Ciclistas na Barragem do Rio da Mula |
Se procura um momento romântico é só escolher um dos pontos! ;)
Partindo da estrada que desce da Rotunda da BP de Sintra, Lago do Ramalhão, estamos na N9. Passamos mais duas rotundas e há-de encontrar à sua direita, antes de atingir o Autódromo, umas placas a indicar, Lagoa azul e Penha longa.
N9-1 |
Após escassos minutos surge à sua direita a Lagoa Azul e alguns km mais adiante, frente a frente, encontramos à nossa direita a estrada de acesso à Barragem do Rio da Mula e à nossa esquerda a cancela da Quinta do Pisão.
Muro da Barragem do Rio da Mula |
Esta estrada de acesso à Barragem divide-se numa bifurcação que nos leva ou à zona superior do muro da Barragem ou à zona frente ao muro, onde podemos ver a água que corre da barragem.
A Serra de Sintra é rica em nascentes de água, tem aqui origem o Rio da Mula, cuja afluência gera a Lagoa azul e a lagoa da Barragem da Mula, seguindo pelo Pisão, por Alvide e vai desaguar em Cascais na conhecida Praia dos Pescadores.
Envolvência da Lagoa Azul |
Toda esta zona é composta de frondosas árvores que rodeiam as lagoas, os trilhos marcados pela passagem de caminheiros e bicicletas, as zonas abertas pela paragem e estacionamento dos carros.
Os Patos e o Espelho - Lagoa Azul |
A envolvência verde no grande espelho de água que cada lagoa constitui permite-nos o vislumbre da linda paisagem deste lugar.
O mundo urbano ergue-se escassos kms mais ao lado mas podemos lograr da sensação de estarmos no ceio da Natureza selvagem e sentir a sua energia a fluir.
Quinta do Pisão - A Capela |
Um passeio pela Quinta proporciona-nos também alguns trilhos a explorar, parque de merendas, um encontro com os simpáticos Burros Lanudos que gostam de ser presenteados com alguma atenção.
Embora só possa ser observada do lado de fora, dado o seu estado de degradação, tem também a oportunidade de observar "a gruta de Porto Covo, onde foram identificados vestígios tanto de uma comunidade do Período Calcolítico como de enterramentos humanos que datam da Idade do Bronze. Durante a Idade Média desenvolveu-se ali o Casal de Porto Covo, existindo no local uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição e alguns equipamentos de apoio a atividades agrícolas, como estábulos, eiras, fornos e poços." in http://www.cm-cascais.pt/quintadopisao
O Forno de Cal de Porto Covo "durante o século XIX a Quinta recebeu a produção de cal, cuja cozedura tinha um carácter sazonal, realizando-se apenas nos meses quentes e não ultrapassando as três fornadas. Era um ciclo de intenso trabalho, assegurado por pessoas que, no restante ano, dedicavam-se sobretudo à agricultura. Estes fornos também foram alvo de recente intervenção e também podem ser visitados." in http://www.cm-cascais.pt/quintadopisao Forno de Cal de Porto Covo - Quinta do Pisão |
A Quinta do Pisão possui uma zona urbana onde é levado a cabo o Centro de Apoio Social do Pisão pela Santa Casa da Misericórdia.
Forno de Cal
"Os fornos de cal serviam para cozer a pedra conforme lhe chamavam na altura, com muito esforço, já que nesse tempo não havia máquinas, a pedra era retirada da pedreira e escolhida. A que dava para cozer ia sendo colocada no forno de forma a que o fogo uma vez ateado atingisse todas as pedras. A pedra que não dava para cozer era destinada há construção de casas principalmente para os alicerces. (...) A pedra que era cozida no forno chamava-se pedra de cal. Como disse a pedra era empilhada de forma a que o fogo uma vez ateado atingisse todas as pedras. O forno tinha uma forma redonda e duas partes. A parte superior onde era colocada a pedra e a parte inferior onde se fazia fogueira. A fogueira uma vez acesa tinha que se manter durante cerca de duas semanas, noite e dia só assim a pedra ficava com boa qualidade. Quando se via que o fogo chegava deixava-se extinguir lentamente e ficava a arrefecer durante alguns dias, depois a pedra era retirada e destinava-se para muitos fins na construção das casas. Servia como cimento para misturar no barro ou na areia para o reboco das paredes das casas. Mas servia também como tinta para as mesmas casas. No fim da casa pronta pintavam-se as paredes com esta pedra que era derretida em água e que tornava as casas branquinhas e frescas no Verão, chamava-se a este ato ”caiar”. Caiavam-se as casas várias vezes ao ano pois este produto além de servir para todas estas coisas tinha também uma função muito importante que era manter as casas sempre desinfectadas devido ao grande poder que o calcário exercia depois de transformado." in http://bajouca.com.sapo.pt/curiosidades_ficheiros/pisao.htm
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