domingo, 5 de julho de 2015

A Festa dos Tabuleiros - Tomar



    Há em Tomar, de todas as formas, uma ligação familiar! :)
    Um de nós não conhecia a afamada Festa dos Tabuleiros e neste Domingo rumámos à cidade Templária.
    Sempre cedo, chave na ignição, toca a pôr o motor a trabalhar, mais uns kms para percorrer. Desta feita, todo o caminho foi feito pela auto-estrada e passada 1hora e 15 minuttos lá estavamos nós no nosso destino.
    Inumeros eram os carros que desaguavam no centro da cidade o que nos levou a deixar o nosso à entrada da mesma. A Festa dos Tabuleiros, tinha neste ano centenas de assistentes interessados que fluiam a rodear as vias que haviam de ser percorridas pelos pequenos que desfilariam os tabuleiros neste dia do Cortejo dos Rapazes.





Tomar

Localizada nas margens do rio Nabão;
Pertencente ao distrito de Santarém;
Área de 351 km2 e 41.537 habitantes;
Fundada a 1 de Março de 1160;
Conquistou o estatuto de Cidade em 1844.
Tivemos oportunidade de observar e fotografar...











A linda Igreja de S. João Baptista, na Praça da República Frente à Camara Municipal.













O Rio Nabão, um dos mais agradáveis vislumbres na Cidade, com o parque do Mouchão de um lado e jardins de confortáveis sombras e lindas flores do outro.






Tomar Templária

    Reza a história, desde o século V, que a Peninsula Ibérica foi tomada da mão dos Romanos pelos Visigodos, que por sua vez foram conquistados pelos Mouros. A povoação que estava de pé nesse tempo é conhecida como Sellium.
    Ora, D. Afonso Henriques veio encontrar a região em mãos Mouras e destas a conquistou pelo ano de 1147, entregando-a 12 anos depois à Ordem dos Templários. Nasce, Tomar, ao ser ali construído o Castelo (1160) que é, nos dias de hoje, conhecido como o Castelo dos Templários.

    O Castelo foi construído usando as pedras da antiga citãnia.
    O Castelo dos Templários foi sede, por cerca de 150 anos, de estratégia, defesa e conquistas de norte a sul do País, pela Ordem que lhe deu o nome.
    Diz-se que A Ordem dos Templários chegara a ser uma grande potência militar e económica ao ponto de controlar o Governo de Jerusalém. Ao ser Jerusalém reconquistada pelos Muçulmanos, começou o declínio da Ordem do Templo. Em 1312 veio a cair esta força militar, foi então fundada a Ordem Militar de Cristo dada a necessidade de proteger e manter as fronteiras Portuguesas.


A Festa dos Tabuleiros
"No tempo em que D. Dinis obtinha do papa João XXI a criação da Ordem de Cristo, a Rainha Santa Isabel fundava as Irmandades do Espírito Santo, que celebravam o Pentecostes."  in http://www.visitcentrodeportugal.com.pt/pt/events/festa-dos-tabuleiros/



A pomba é um simbolo Cristão do Espírito Santo, pois conta a Biblia que Jesus Cristo quando foi baptizado o céu abriu-se como um véu e " o Espirito Santo desceu sobre Ele como uma pomba"








    Remonta a este momento a realização da Festa dos Tabuleiros.
    Antes da chegada dos Cristãos, eram cultuadas as colheitas a Ceres a deusa romana dos cereais, após fundada a Irmandade do Espírito Santo, foi sagrado o culto do Espírito Santo, aproveitando a ocasião para um movimento de solidariedade, no qual eram distribuídos pão, vinho e carne pelos mais desfavorecidos. 
    Ora, esta é uma festividade que ocorre de 4 em 4 anos e começa na Páscoa e albergando desde então vários Cortejos, os quais são precedidos por vários preparativos que decorrem por cerca de um ano.


"A Festa dos Tabuleiros engloba vários Cortejos, o trabalho de várias centenas de pessoas que durante mais de seis meses confeccionam as flores que vão ornamentar os tabuleiros e decorar as ruas populares a maioria situadas no centro histórico da cidade.
A necessidade de planear, de organizar e de angariar fundos e subsídios leva à necessidade de se começar a trabalhar com muito tempo de antecedência (mudança dos tempos).
Por outro lado a Festa engloba várias cerimónias tradicionais como o Cortejo das Coroas, o Cortejo dos Rapazes, o Cortejo do Mordomo ou a chegada dos Bois do Espírito Santo, a abertura das Ruas Populares Ornamentadas, os Cortejos Parciais, os Jogos Populares, o Grande Cortejo ou Cortejo dos Tabuleiros e a Pêza que necessitam de serem pensadas e organizadas devidamente porque o fundamental é cumprir o que os nossos bisavós e avós também fizeram., ou seja, manter a tradição e principalmente respeitá-la." in http://www.tabuleiros.org/historial/

    Nós tivemos a oportunidade de presenciar os Cortejo dos Rapazes que é uma réplica do Grande Cortejo, onde as crianças organizadas por escolas, cresces e portanto idades desfilam de Tabuleiro à cabeça ou de cestinho à mão. O Tabuleiro que mais parece uma enorme coroa, visto que é levado à cabeça. Este deve ser da altura da rapariga que o transporta, "sendo constituído por trinta pães enfiados em cinco ou seis canas que partem de um cesto de vime ou verga e é rematado ao alto por uma coroa encimada pela Pomba do Espírito Santo ou pela Cruz de Cristo." (http://www.tabuleiros.org/historial/

    À parte destes trinta pães cada Tabuleiro é enfeitado a gosto, também com flores a gosto que são feitas de arame e papel crepe. Os mais tradicionalistas confeccionam todo o traje da "rapariga do tabuleiro" um branco vestido tradicional, feito com pano de lençol e renda crochê, o cesto de vime que está na base do tabuleiro é também coberto por um paninho a condizer com o vestido da donzela.





    Na oportunidade de "experimentar um tabuleiro menino, constatamos que havia um peso dentro do cesto para lhe dar estabilidade, pois o vento pode fazer-se sentir forte durante o cortejo.

    O pão colocado nos Tabuleiros é verdadeiro! :)











Uma Reportagem do dia que reportamos
http://www.sapo.pt/noticias/cortejo-miniatura-com-1-700-criancas-abre_559932f20bbe64f15f1731f6


Páginas consultadas http://www.tabuleiros.org/historial/
http://tomar.com.sapo.pt/
http://tomar.com.sapo.pt/castelo.html
http://www.infopedia.pt/$visigodos-na-peninsula-iberica
http://www.ttt.ipt.pt/index.php?nivel=2&m=70
http://natgeotv.com/pt/templarios-batalha-decisiva/quem-sao-cavaleiros-templarios
http://www.jn.pt/evasoes/fimdesemana/Interior.aspx?content_id=4664016&page=18

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Lagoa Azul - Barragem do Rio da Mula - Quinta do Pisão


 «- Lagoa Azul








«- Barragem do Rio da Mula












Quinta do Pisão -»







Uma das estradas principais que unem Sintra a Cascais, a N9, que conduz os fans de Automobilismo e Motociclismo do Mundo Inteiro, ao Autódromo do Estoril, dá-nos também acesso a uma zona de grande beleza Natural.

A N9-1 dá acesso à Lagoa Azul, à Barragem do Rio da Mula e à Quinta do Pisão.
Ciclistas na Barragem do Rio da Mula 
Se gosta de se embrenhar na natureza, desfrutar de uma boa caminhada, fazer um pique-nique, dar uma corridinha na floresta, andar de bicicleta, fazer BTT estes lugares são ideais para desfrutar um circuito e passar um dia fantástico.
Se procura um momento romântico é só escolher um dos pontos! ;)


Partindo da estrada que desce da Rotunda da BP de Sintra, Lago do Ramalhão, estamos na N9. Passamos mais duas rotundas e há-de encontrar à sua direita, antes de atingir o Autódromo, umas placas a indicar, Lagoa azul e Penha longa.

N9-1


Após escassos minutos surge à sua direita a Lagoa Azul e alguns km mais adiante, frente a frente, encontramos à nossa direita a estrada de acesso à Barragem do Rio da Mula e à nossa esquerda a cancela da Quinta do Pisão.



Muro da Barragem do Rio da Mula





Esta estrada de acesso à Barragem divide-se numa bifurcação que nos leva ou à zona superior do muro da Barragem ou à zona frente ao muro, onde podemos ver a água que corre da barragem.


A Serra de Sintra é rica em nascentes de água, tem aqui origem o Rio da Mula, cuja afluência gera a Lagoa azul e a lagoa da Barragem da Mula, seguindo pelo Pisão, por Alvide e vai desaguar em Cascais na conhecida Praia dos Pescadores.
Envolvência da Lagoa Azul





Toda esta zona é composta de frondosas árvores que rodeiam as lagoas, os trilhos marcados pela passagem de caminheiros e bicicletas, as zonas abertas pela paragem e estacionamento dos carros.




Os Patos e o Espelho - Lagoa Azul


A envolvência verde no grande espelho de água que cada lagoa constitui permite-nos o vislumbre da linda paisagem deste lugar. 

O mundo urbano ergue-se escassos kms mais ao lado mas podemos lograr da sensação de estarmos no ceio da Natureza selvagem e sentir a sua energia a fluir.



Quinta do Pisão - A Capela
A Quinta do Pisão não difere da descrição ou envolvência referida, apresenta sim, algumas atividades levadas a cabo pela Câmara Municipal de Cascais. 




Um passeio pela Quinta proporciona-nos também alguns trilhos a explorar, parque de merendas, um encontro com os simpáticos Burros Lanudos que gostam de ser presenteados com alguma atenção. 


Embora só possa ser observada do lado de fora, dado o seu estado de degradação, tem também a oportunidade de observar "a gruta de Porto Covo, onde foram identificados vestígios tanto de uma comunidade do Período Calcolítico como de enterramentos humanos que datam da Idade do Bronze. Durante a Idade Média desenvolveu-se ali o Casal de Porto Covo, existindo no local uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição e alguns equipamentos de apoio a atividades agrícolas, como estábulos, eiras, fornos e poços." in http://www.cm-cascais.pt/quintadopisao


Forno de Cal de Porto Covo - Quinta do Pisão
O Forno de Cal de Porto Covo "durante o século XIX a Quinta recebeu a produção de cal, cuja cozedura tinha um carácter sazonal, realizando-se apenas nos meses quentes e não ultrapassando as três fornadas. Era um ciclo de intenso trabalho, assegurado por pessoas que, no restante ano, dedicavam-se sobretudo à agricultura. Estes fornos também foram alvo de recente intervenção e também podem ser visitados." in http://www.cm-cascais.pt/quintadopisao 


A Quinta do Pisão possui uma zona urbana onde é levado a cabo o Centro de Apoio Social do Pisão pela Santa Casa da Misericórdia.


Forno de Cal 
  "Os fornos de cal serviam para cozer a pedra conforme lhe chamavam na altura, com muito esforço, já que nesse tempo não havia máquinas, a pedra era retirada da pedreira e escolhida. A que dava para cozer ia sendo colocada no forno de forma a que o fogo uma vez ateado atingisse todas as pedras. A pedra que não dava para cozer era destinada há construção de casas principalmente para os alicerces. (...) A pedra que era cozida no forno chamava-se pedra de cal. Como disse a pedra era empilhada de forma a que o fogo uma vez ateado atingisse todas as pedras. O forno tinha uma forma redonda e duas partes. A parte superior onde era colocada a pedra e a parte inferior onde se fazia fogueira. A fogueira uma vez acesa tinha que se manter durante cerca de duas semanas, noite e dia só assim a pedra ficava com boa qualidade. Quando se via que o fogo chegava deixava-se extinguir lentamente e ficava a arrefecer durante alguns dias, depois a pedra era retirada e destinava-se para muitos fins na construção das casas. Servia como cimento para misturar no barro ou na areia para o reboco das paredes das casas. Mas servia também como tinta para as mesmas casas. No fim da casa pronta pintavam-se as paredes com esta pedra que era derretida em água e que tornava as casas branquinhas e frescas no Verão, chamava-se a este ato ”caiar”. Caiavam-se as casas várias vezes ao ano pois este produto além de servir para todas estas coisas tinha também uma função muito importante que era manter as casas sempre desinfectadas devido ao grande poder que o calcário exercia depois de transformado." in http://bajouca.com.sapo.pt/curiosidades_ficheiros/pisao.htm


Barragem do Rio da Mula







Quinta do Pisão




















Lagoa Azul